Com gritos de “Ô Paulo Guedes, vim te dizer que parasita é você”, dirigentes sindicais, líderes de movimentos sociais, servidores e parlamentares, lotaram o auditório Nereu Ramos ontem (12), na Câmara dos Deputados, em defesa do serviço público. O ato, convocado pela Frente Parlamentar Mista do Serviço Público que contou, também, com o seminário “Reforma Administrativa – Desmonte do Estado como projeto”.
Representando a Fenajufe, estiveram a coordenadora Juscileide Kliemaschewsk e os coordenadores Costa Neto, Engelberg Belém, Evilásio Dantas, Fabiano dos Santos, Ramiro López, Roberto Policarpo, Roniel Andrade e Thiago Duarte. Dos Sindicatos, representantes do Sintrajufe-CE, Sindjus-DF, Sitraemg-MG, Sisejufe-RJ, Sintrajurn-RN, Sindjufe-MS, Sintrajud-SP, Sintrajuf-PE, Sitra-AM/RR e Sindjuf-PA/AP.
O ato mostrou a força dos(as) servidores (as) diante dos ataques do governo ao funcionalismo, que tem como objetivo claro a destruição do Estado brasileiro e suas instituições. Dois pontos foram consenso nas falas. Primeiro: a necessidade de unicidade de todas as categorias do serviço público para fortalecer a luta. Segundo: as críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, – um banqueiro investigado por fraudes em fundos de pensão de estatais – que extrapolou todos os limites ao comparar servidores a parasitas
A forte repercussão à declaração, havia feito Bolsonaro e Guedes recuarem no envio da reforma administrativa ao Congresso Nacional esta semana. No entanto, pressão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez o governo se decidir novamente por mandar a proposta ao Congresso. A Fenajufe cumpre ainda esta semana uma série de agendas com os membros da CCJ do Senado para tratar das PECs do Plano Mais Brasil – 186, 187 e 188/19.
O coordenador Thiago Duarte falou na tribuna pela Fenajufe e avaliou que Paulo Guedes estava à vontade quando ofendeu os servidores e não imaginava a repercussão. “Isso significa que é exatamente o que ele pensa e substancialmente o que o governo pensa de nós servidores públicos”, disse. O dirigente reforçou, ainda, a necessidade de mobilização na construção do 18 de março. “Nós da Federação estamos orientando para que haja greve, para que seja um dia nacional de greve do servidor público. Nós vamos somar às demais categorias do serviço público. Contem conosco. Mas não basta só o 18 de março, a gente precisa fazer um trabalho contínuo nas redes sociais e na pressão parlamentar. Vamos fazer a disputa de narrativa nas redes sociais e no trabalho parlamentar”.
Fonte: Fenajufe