Campo Grande amanheceu sem transporte coletivo e com paralisações em diversas outras categorias, como professores e funcionários administrativos das redes estadual e municipal, universidade e instituto federal e construção civil. Manifestações também foram realizadas nas maiores cidades do interior.
O dia 14 de junho foi marcado em Campo Grande por uma grande manifestação no centro da cidade que reuniu milhares de pessoas das mais diversas categorias. O dia começou na capital com os ônibus do transporte coletivo parados. O protesto dos trabalhadores do transporte durou algumas horas e em seguida os ônibus voltaram a circular, mas o fato casou impacto.
O movimento contra a reforma da previdência foi considerado um avanço no estado em relação à movimentação de 15 de maio por ter afetado, em maior ou menor escala, setores que não haviam aderido. Estudantes e professores, que lutam contra o corte de verbas para a Educação compareceram em grande número. Também ocorreram atos pela manhã em frente ao INCRA e na sede do INSS.
Após um ato na Praça do Rádio Clube, a manifestação seguiu em passeata até o centro da capital, trancado parte do quadrilátero central com uma grande concentração de pessoas na esquina da Av. Afonso Pena com a 13 de Maio. A organização do evento estimou em cerca de 15 mil o número de manifestantes.
SINDJUFE/MS presente
O SINJUFE/MS esteve presente no movimento, na defesa da aposentadoria e contra uma falsa “reforma” que na verdade é um conjunto de ataques aos servidores públicos (demonizados como responsáveis pela crise da previdência) e trabalhadores da iniciativa privada, que serão duramente atingidos caso prevaleçam as regras incluídas no projeto original.
Categorias em luta
Um fato novo no dia 14, em MS e em nível nacional, foi a realizações de paralisações temporárias em setores como do transporte coletivo e da construção civil, fato que não tinha ocorrido anteriormente. Segundo a FETEMS, federação dos professores, a mobilização atingiu 90% da categoria dos profissionais em educação do Mato Grosso do Sul, porém o fato novo foi a adesão de outros setores do funcionalismo público e de trabalhadores da iniciativa privada, mostrando ampliação do movimento contra a reforma da previdência.
Dourados
No município de Dourados as manifestações tiveram início pela manhã, em frente da sede do INSS no centro da cidade. Após caminhada pela Marcelino Pires, a principal avenida da cidade, os manifestantes seguiram à pá, em direção até a sede administrativa da UFGD (antigo Ceud), em protesto contra os cortes orçamentários nas IFES – que afetam diretamente a UFGD – e contra a intervenção da universidade (pelo respeito à eleição para reitoria realizada recentemente).