O SINDJUFE/MS manifesta repúdio absoluto e profunda indignação diante do relato da oficial de justiça Maria Sueli, violentamente agredida por um sargento da Polícia Militar nesta tarde de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, em Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte. O caso, ocorrido durante o cumprimento de um mandado judicial rotineiro no Bairro Novo Horizonte, expõe uma grave violação à integridade física e psicológica de uma servidora pública em exercício de sua função, além de simbolizar um ataque inadmissível à dignidade das mulheres no ambiente de trabalho.
Maria Sueli, oficial de justiça desde 2006, foi agredida com uma cabeçada e um soco no rosto pelo militar após questionar informações incorretas por ele fornecidas durante a diligência. O sargento, que inicialmente se apresentou como interlocutor, reagiu com violência extrema quando confrontado sobre suas inconsistências, proferindo frases como “toma aqui sua viatura” antes de desferir os golpes. A agressão resultou em lesões graves, incluindo suspeita de fratura no nariz, inchaço facial e trauma psicológico, exigindo hospitalização imediata.
Indignação Institucional:
1. Violência Institucionalizada: A agressão partiu de um agente público que deveria zelar pela ordem, não subvertê-la. O comentário do sargento — “é só lesão corporal, não dá nada pra mim” — revela um *desprezo alarmante* pelas leis e pela integridade das mulheres.
2. Simbolismo do Dia Internacional da Mulher: A data, destinada a celebrar conquistas e combater desigualdades, foi maculada por um ato de violência misógina contra uma profissional que exerce seu ofício com seriedade há 18 anos.
3. Risco Profissional: O caso evidencia os perigos enfrentados, principalmente por mulheres,frequentemente expostas a ambientes hostis sem respaldo adequado.
Reivindicações :
– Investigação Imediata e Rigorosa: Exigimos que a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) apure o caso com transparência, punindo exemplarmente o agressor.
– Proteção às Oficiais de Justiça: Implementação urgente de protocolos de segurança para diligências, incluindo acompanhamento policial em situações de risco.
– Reparação Integral: Garantia de apoio médico, psicológico e jurídico à colega agredida, além de medidas para assegurar seu retorno seguro ao trabalho.
– Posicionamento Público da PMMG: Cobramos um pronunciamento formal da corporação, repudiando o ato e comprometendo-se com a prevenção de casos similares.
Não aceitaremos a naturalização da violência contra mulheres em nenhuma esfera. O caso de Maria Sueli não é isolado: é sintoma de uma cultura que ainda subjuga e silencia profissionais dedicadas. Convocamos a sociedade e as instituições a unirem-se no combate a essa realidade intolerável.
Coordenação Colegiada do SINDJUFEMS
