O Sindjufe/MS denunciará o Ministro da Economia Paulo Roberto Nunes Guedes pelas ofensas proferidas contra a categoria em seminário realizado na FGV, no dia 7 de fevereiro de 2020. A pretexto de explicar propostas de alterações constitucionais que pretendem alterar o modelo fiscal, o ministro promoveu manifestações gratuitas e infundadas de desapreço ao funcionalismo público, sugerindo que servidores seriam “parasitas do Estado”.
A acusação de “parasitismo” não advém de um trecho isolado, pois foram várias outras declarações em que o ministro sugere que o funcionalismo público seria a causa dos supostos problemas financeiros. Desde as discussões envolvendo a Reforma da Previdência, Paulo Guedes acusa essa parcela específica de fazer lobby em prol da manutenção de supostos “privilégios”, e tais acusações foram acentuadas em diversas outras manifestações pois, por exemplo, chegou ao absurdo de questionar se instituto da estabilidade estaria servindo de guarida para supostos problemas de desempenho.
Segundo a advogada Aracéli Rodrigues, do escritório Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados, “o Ministro deve ser punido pois a difamação é intencional e proposital, já que ele é contumaz em difundir preconceitos contra garantias essenciais para o funcionalismo. O Ministro cisma com a estabilidade e revisão geral anual, mas ignora que são elementos imprescindíveis para a atuação impessoal e moral do servidor, justamente para que tenha condições de promover a continuidade de um serviço público adequado independentemente das trocas de comando político das instituições”.
O pedido da entidade é para que Paulo Guedes sofra a aplicação de advertência e que a Comissão de Ética Pública encaminhe sugestão de exoneração ao Presidente da República.
Foto: Wilson Dias – Agência Brasil