“As falhas alinham-se à forma como o governo conduziu a discussão das reformas do setor público, administrativa e previdenciária”
A Folha de São Paulo noticiou na quarta-feira (16) que uma auditoria financeira feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre estimativas contábeis do passivo da Previdência Social afirma que o governo de Jair Bolsonaro subavaliou os valores do regime dos militares, minimizando eventual rombo futuro e também inflou os números do regime próprio dos servidores públicos civis.
A redução proposital na estimativa de gasto com a previdência dos militares foi da ordem de R$ 45,5 bilhões. Para compensar, inflação no gasto com servidores civis foi de R$ 49,2 bilhões. “É curioso observar essa diminuição artificial do impacto dos benefícios militares e o aumento do dos demais servidores”, resume texto sobre o tema.
Segundo o portal IG Economia, o texto enviado à época ao TCU desconsiderava os reajustes nos salários dos militares, que impactarão as contas futuras durante a aposentadoria. Além disso, ignorou benefícios e bonificações dos integrantes das Forças Armadas. Deixou também de calcular a evolução da expectativa de vida no país. O cálculo, segundo o TCU, aumentaria o passivo do Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas.
Já para os servidores públicos, foram inseridos no cálculo gastos com gratificações, abonos, adicional de insalubridade e férias, que não integrariam a base de cálculo dos benefícios previdenciários dos servidores civis.
Fonte: Folha de São Paulo e IG Economia.